quinta-feira, 26 de março de 2009

Não tenha medo. Aproxime-se. Ouse retomar os laços que nos uniram.
Ouse não ouvir tudo aquilo que te falam sobre mim.
Se você quer pichar, faça, mas pelo lado de dentro do portão.
Se anda sentindo o peito, goze com a vontade da necessidade de expelir tudo o que entope suas entranhas. Não “como” no teatro.
Relaxe.
Raspe as sobrancelhas uma vez por mês.
Diga “oi” para o sol. Desfrute da natureza.
Pegue carona, pelo menos uma vez por dia.
Fique nervoso. Coloque suas tensões para fora.
Diga “amém”, abaixe a cabeça e saia pela porta lateral esquerda.
Não falo igual.
Peça a conta e vamos embora, o dia está acabando e a noite caduca.
Peça aos monges a sabedoria que nunca alcançarás sendo você mesmo, e não aquele. Deixe que lhe deem socos e pontapés, sacuda a poeira e escolha outro caminho.
Não desvirtue de seu foco.
Tenha alternativas como tênis amortecedores e tração na dianteira.
Perturbe a mente com o som alto das buzinas, sirenes e bombardeios. Sele o beijo de paz.
Coma sushi. Cubra seu rosto e vire a cara para a dor dos famintos à sua volta.
Repita que estas são sempre as mesmas palavras que lê. Estagne seu cérebro, seu coração.
Congele minha imagem de bruços na sua cama, pois é assim que quero lembrar de mim junto à você.
Não me perdoe, porque eu não mereço. Ninguém saberá afinal, onde tudo termina.
Já queimei todos os retratos e agendas de telefone.
O calor da sua boca, não quero.
Vamos pulando num pé só.
Pese.
Para quê continuar então?...

Por Helen de Sousa_09mar09

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