sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Se te pareço a tua mãe

Se eu pareço a tua mãe, a que me resumo?
Aquela que te pegou no colo nas horas tristes?
Aos dias mais felizes da tua vida?
A dor da partida?
Ao passo dado?
A lágrima distante?
Ao sorriso mais sublime?
A que me resumo em tua vida?
Se eu pareço a tua mãe...
Tens desejos intermináveis de não sair mais do meu lado?
Conforta-te saber que estarei lá quando precisares?
Tu me darás carinho na cama pela manhã?
Desaparecerás como na noite anterior?
Tu me ligarás aflito?
Esquecerás de mim quando estiveres nos braços delas?
Se eu pareço a tua mãe, a que me resumo?
Ao dia de sol na praia, tomando um picolé?
A que me resumo?
Por que suspiras?
Estarei eu demasiadamente angustiada?
A que me resumo?
Seu te pareço maternal...
Não poder ter os meus braços em sua forma mais carnal, além do que se tem
Não te apaixonarás por mim
Serás o homem que sempre sonhei
Com todo vigor viverás
E se te pareço com tua mãe,
Estarei lá ao final
Com a mesma ternura no olhar
O mesmo doce e suave perfume
De cabelos longos e encaracolados
Olhando-te, pelos meus olhos, aproximar-se ávida e lentamente...
E te tomarei em meu peito
Beijarei teu semblante cansado
E cantarolar em teus ouvidos
Acariciando os teus cabelos
Descansaremos em nosso leito de amor!

Por Helen de Sousa_29ago08