segunda-feira, 23 de maio de 2011

Caminhos da Educação Brasileira


Após ler, ouvir e ver várias discussões, passei a semana inteira pensando no que ia escrever sobre o assunto que repercutiu no Brasil inteiro, nos últimos dias: a educação brasileira.

Sobre a polêmica envolvendo o MEC e a distribuição de livros de ensinam que a ausência de concordância, na Língua Portuguesa, é correta, tenho algumas ressalvas as fazer: Primeiro, eu concordo que a língua falada é a que deveria ser usualmente a língua oficial num país. No entanto, porque não ensinar as pessoas a usarem de forma correta a língua materna? Qual a dificuldade de ensinar e aplicar o que é correto?
A dificuldade é que, como muita coisa que acontece no Brasil, é mais fácil desaprender o correto, do que se gastar o necessário com a educação de um povo. É mais conveniente para o governo emburrecer, e muito mais cômodo para uma população que está acostumada a ter preguiça de fazer o que é certo, a dar o melhor de si, a percorrer os caminhos mais difíceis para que o resultado obtido seja o mais positivo possível... É mais cômodo para o povo espelhar-se num presidente, quase analfabeto, idolatrando-o e dizendo sim às barbáries que aconteceram, e ainda acontecem neste país (porque a idolatria deixa o povo cego), do que vencer com seus próprios esforços, educar-se, tornar-se civilizado. É mais fácil usar uma “bengala” de salvação do que acordar cedo, trabalhar e ainda assim ter disposição para aprender coisas novas, para aperfeiçoar-se.

Eu não tenho não tenho preferência partidária, mas sou uma defensora ferrenha da justiça, da ética e da socialização do indivíduo, por meio da civilidade.

Eu, como escritora e formada em Letras, achei uma afronta do governo, deixar que os livros com conteúdo duvidoso permanecessem nas salas de aulas.
Quer dizer, o que devo fazer com meu diploma e com os meus mais de quinze anos trabalhando com a Língua Portuguesa?
Eu concordo que nada é imutável, mas por que essa obsessão pela regressão? Por que as pessoas se convencem tão fácil do que não é certo, abaixando suas cabeças, dizendo sim e “respeitando” a decisão de quem deveria estar preparado para governar um país, da melhor forma, em todos os sentidos, e, visivelmente, não está!

Todos os dias eu acordo na esperança que o Brasil honre sua bandeira, com o progresso da população brasileira. Mas está cada dia mais difícil acreditar nesse ideal.

Por isso, caros leitores, principalmente os nordestinos – que são tidos como a população da região brasileira que usa mais corretamente a Língua Portuguesa - não deixem que o modernismo e idéias confusas afetem o seu aprendizado, sobre vida, sobre ética, sobre moral. Aprimore-se, obtenha conhecimento, porque esse é o caminho mais sadio para a liberdade, para independência do ser humano. Essa é a verdadeira dignidade!

Lutemos por um país melhor, mais civilizado, com cultura e educação para todos!

Vamos ficar com esta brilhante frase de Condillac (filósofo francês): "Vejo a gramática como a primeira parte da arte de pensar".


Por Helen de Sousa

Links: 
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2011/05/17/MINISTERIO-DA-EDUCACAO-DEVERIA-VIRAR-O-DA-BURRICE-INSTITUIDA.htm



http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2011/05/16/livros-pra-inguinorantes-por-carlos-eduardo-novaes/

É importante ver também o respeitável vídeo da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte