sábado, 11 de junho de 2011

Feliz Dia dos Namorados


Hoje estava fazendo uma reflexão sobre a beleza do amor, vendo casais empolgados com a chegada do Dia dos Namorados, apaixonados, com um brilho raro no olhar, que só casais enamorados sabem do que se trata. Não é como comprar seu primeiro carro, não é como passar no vestibular, nem como o seu primeiro salário. Primeiro porque não se trata apenas de auto realização, mas de sentimentos mais profundos, que envolvem uma alma em dois corpos, digamos assim. Você se pega em atitudes inesperadas: segurando um celular o dia inteiro, e completamente desnorteado se a bateria descarregou e você esqueceu o carregador em casa; Você canta alto dentro (e fora) do carro; Sorri para todos nas ruas; Tem vontade de pular de felicidade; Não vê a hora de encontra-lo(a); Fica “on line” esperando a luzinha verde se acender para começar um bate-papo daqueles... Mais do que inesquecível! O amor é refrescante, reconfortante.

Segundo, que o mais gostoso do amor é que ele não precisa de presente caro. Na verdade, ele nem precisa disso pra ser demonstrado, porque ele permanece ali, nos pequenos detalhes, num olhar de admiração, num sorriso envergonhado, nas mãos se entrelaçando carinhosamente, nos pés que se esquentam embaixo do cobertor, no afago dos cabelos, no secar das lágrimas, nas horas em que você caiu de cama e ele(a) estava ao seu lado, te dando carinho, na cumplicidade do dia-dia...

O amor é uma das formas mais puras do homem sentir-se vivo. Ele rejuvenesce, torna colorida uma vida inteira. O amor faz dos dias frios mais quentes e dos dias quentes o paraíso. “Sem amor eu nada seria...”.

Por isso, antecipadamente, aos casais, um ótimo Dia dos Namorados.

Por Helen de Sousa



quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dedicatória aos solteiros neste Dia dos Namorados

Mais apaixonadamente do que o que te falei, não haveria de ser,
Pois não há.
Deixaste o lençol azul sob a cama que lá esquecida está, desfeita.
De toda a pena que não sentiu em partir, deixando escorrer minha vida, nossa vida, pelos caminhos tortuosos e sem rumo definido.
A preguiça em amar toma conta do corpo, da minha alma e canso de querer buscar.
Mas nada disso importa agora.
Se os seios eram vistosos,
Se a casa era perfumada,
Se o gosto do pão lhe parecia saboroso.
Soube sair-se, querendo ser visto e lembrado,
Por cada ausência dos detalhes fincados nos cantos por onde passavam.
O abraço ficou perdido.
A fome da paixão não tinha guarita.
Pegou um braço e finas cordas,
Sumiu no Planalto,
Montado no sonho de um só homem,
Que sabe ser só ele e ele só.
Desligou –se do mundo e da chance de mudar,
Mais fácil foi esquecer.
Peca sozinho.
Jura amor eterno a si mesmo.
Tem como guia um anel e um colar,
Mas não acredita em nada daquilo quando para para pensar.
A vida é seu guia.
E não tem amanhã, só o depois de amanhã.
Porque suas palavras não se medem, nem confiam.
Ouvem, calam-se, fecham os olhos.
E seguem...

Por Helen de Sousa