sábado, 1 de outubro de 2011

A suscetibilidade deixa penetrar na alma as influências externas de tipos variados, levando o homem à fragilidade extrema, frente à todas as suas cóleras e fraquezas, tonando-o longínquo da elevação espiritual necessária para seguir, sair do mesmo lugar... 


Por Helen de Sousa





segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Milagres da Vida

O milagre da vida, definitivamente, está nas coisas mais simples do nosso cotidiano, mas a humanidade é míope e é difícil convencer a todos sobre isso.

Na capital federal do Brasil não chove há muito tempo. Sofremos há meses com queimadas intermináveis, o calor estupendo e clima seco que só o cerrado possui. Hoje caíram as primeiras gotas de chuva sobre algumas regiões do Centro Oeste e nas redes sociais está chovendo comentários sobre este milagre da vida. Todos reclamam quando ela vem, mas indubitavelmente, todos concordam que a chuva é uma benção dos céus. E a atribuição que se dá por não gostarem de chuva são os congestionamentos, a saída para a balada que fica comprometida, os acidentes de trânsito, a roupa encharcada... Das vantagens é sempre mais difícil lembrar quando a chuva está realmente acontecendo (chocolate quente, aquele filme a dois numa noite fria, curtir preguicinha embaixo do cobertor, ficar abraçado com quem se gosta...).

É é mais ou menos assim na vida da gente. Quando temos a felicidade em nossas mãos é bem provável que não estejamos totalmente convencidos disso, até que nos percebamos em momentos de tristeza e solidão. Quando temos uma vida simples, regada a muito amor, amigos, saúde, sempre reclamamos da falta de dinheiro, de um carro novo, de uma casa luxuosa... Os solteiros sempre reclamam da solidão. Os casados da falta de liberdade. A insatisfação humana vai prevalecendo e nos esquecemos do que, no dia-a-dia, nos torna pessoas realmente felizes... Um gesto, um carinho, um abraço, um telefonema, um e-mail inesperado, detalhes que são encobertos pelas decepções, problemas no trabalho, em família...

A sociedade atribui o milagre às coisas surpreendentes, mas esperadas e almejadas por cada um. O homem prefere a insatisfação a perceber que o que o faz feliz de fato é muito simples de ser sentido, entendido, vivido...

Aos pequenos milagres da vida, que seja muito bem vinda a chuva e o seu poder de regeneração da vida!!!

Link: http://www.youtube.com/watch?v=6xTXnh1sNo0
Site: http://altooestevip.com/ver_coluna/407/Milagres_da_Vida.html

Por Helen de Sousa

25 de setembro de 2011

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ética e Cidadania, onde elas foram parar?

Onde eu estou errando? Esta é minha grande dúvida hoje.

Há alguns poucos anos, as disciplinas de Educação Moral e Cívica, Filosofia e Ética eram tidas como pilares da Educação. Hoje, elas caíram no esquecimento e já não têm a devida importância para auxílio do desenvolvimento do caráter dos homens modernos. Então nos deparamos com hipócritas egoístas, mercenários e dissimulados de todos os tipos, numa quantidade surpreendente, presentes em nossas rodas familiares, de amigos, de conhecidos, de políticos, de profissionais de todos os ramos, pessoas que esqueceram-se do que rege a Ética: o BEM COMUM.

Outro dia participei de uma discussão sobre o amor-próprio e seus limites. E até concordo que ele é primordial, mas não deve ultrapassar os limites do que designa o convívio social e natural de todos nós: o respeito pela vida, de quem quer que seja.

Quando me pergunto sobre o que estou fazendo de errado é porque o meu senso de justiça sempre fica abalado ao perceber que estou rodeada dessas pessoas, os dissimulados, hipócritas, traidores, e afins, que movidos pelo sentimento que apodrece a alma do mundo, que corrompe a essência do ser humano ― o egoísmo ―, estão sempre se saindo bem, por cima, regados de riquezas e falsas alegrias, que compram a dignidade do outro, sem o menor pudor, sem nenhum sentimento de culpa, nem arrependimento, sem nenhuma cerimônia, numa frieza estupenda, vão se apossando de vidas, tirando proveito de tudo e de todos. E nessa leva de miséria que é jorrada, diariamente, na vida de várias pessoas, pessoas humildes, comuns e de bom coração, a caridade ― no sentido de doar-se ao outro, além de si mesmo, cultivando e reproduzindo o amor, respeito e perdão pelas fraquezas do próximo ― vai minguando da vida da humanidade.

Para que a Ética e a Cidadania possam coexistir e sobreviver a tanto desperdício de boas ações, é preciso que se pense no futuro, nas nossas escolas, na educação que estamos dando aos nossos filhos, acreditando numa revolução comportamental, e por que não espiritual? Que vai além daquilo que se vê atualmente. É necessário que não queiramos, somente para nós mesmos, tudo aquilo que achamos que nos pertence, pois esse descontrole sobre nossos limites reais, e até onde nos levamos atingindo o limite alheio, é que causa o desequilíbrio das relações humanas.

Se elas já não podem ser vistas, nem tão pouco nitidamente percebidas, ainda assim, eu afirmo que pertencem à essência de muita gente espalhada por aí que luta ―fielmente com seus preceitos morais ―, pelo bem comum. 

Que venha, pois, essa tal revolução!



1º de setembro de 2011

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Comportamento Moderno


Há duas semanas a mídia satura o público com a repercussão que causou um comentário feito pela cantora Sandy, para a revista Playboy, sobre o prazer.
Este assunto é tão exaustivo e fatigante quanto aquele, que já deveria estar superado, sobre a aceitação da homossexualidade neste país.

O mundo anda tão complicado que se confundem e se deturpam os valores, pela fama, pela mídia, pela moda. As pessoas estão deixando de lado o que foram os bons costumes, o respeito pela família, pelos pais, pelo próprio ser, em troca de aplausos, de sorrisos não verdadeiros que duram tão pouco tempo quanto o surgimento de outro assunto nefasto.
Uma cantora que iniciou sua carreira quando era uma criança, hoje, quer mostrar ao público que não é mais pudica, casta ou que agora ela é uma mulher de verdade, com todos direitos carnais que uma pessoa normal pode ter. Só que esqueceram-se de avisar à garota que isso não deveria ser relevante para que seus fãs a tivessem como modelo ideal de mulher.

Discrição e o bom senso nunca foram tão bem quistos.

Essa nova geração deveria ter aprendido sobre ética e moral. Vivemos hoje numa sociedade alienada, que não sabe diferenciar mais o que é bom ou ruim. Onde as palavras não tem mais sentido ou importância, quando ações, outrora repudiáveis, já não causam espanto, perplexidade...

Assim, deveriam saber que como a perfeição não é possível, que ao menos o silêncio pudesse prevalecer, para diminuir o caminho que percorremos ao tentar alcançá-la. Desse modo, talvez o respeito pelo outro ainda restasse.

Por Helen de Sousa


Site: http://altooestevip.com/ver_coluna/369/Comportamento_Moderno.html





quarta-feira, 20 de julho de 2011

A Relevância do Amor

Hoje, ouvindo o noticiário, me deparei com um pai e um filho que foram agredidos por estarem abraçando-se publicamente, por terem sido confundidos com homossexuais.

Um filho que resolveu assassinar seus pais por não ter sido autorizada uma festa, que se realizaria em sua casa, cuja divulgação já havia sido feita nas redes sociais.

E deparei-me com a falta de amor em que esta nova era vive. Pessoas que se esqueceram de como é bom recostar a cabeça no colo da mãe, mesmo que não sejamos mais um bebê; Que se esqueceram de como é bom adormecer envolto pelos braços de quem se tem muito apreço; Como é bom oferecer um abraço, afeto, carinho sincero, um beijo de gratidão...

A humanidade não se recorda do que é o amor em sua plena essência, o que ele representa e como o conquistamos.

Ninguém mais sabe o que é ter amigos, compram-nos. Ninguém aprendeu a ser tolerante, agridem-se. Não se sabe mais respeitar a privacidade, a individualidade e singularidade alheia, invadem-se as vidas como se elas nada representassem.

Então ficam sempre as questões: Quando isso tudo vai mudar? Quando deixaremos de viver nesse terror? É preciso que só eu faça minha parte? É irrelevante que ao menos isso eu faça?

As coisas, o amor, deveriam ser tão simples como na visão de uma criança...


O amor verdadeiro se solidifica mesmo é na simplicidade da vida, na humildade e lealdade dos sentimentos puros, singelos.
Por Helen de Sousa


domingo, 10 de julho de 2011

O mistério de quem será a história...

" Todos nós temos um anjo. Um guardião que nos protege. Pode tomar qualquer forma. Um dia, um homem velho. No outro, uma garotinha. Não deixe que as aparências te enganem. Eles podem ser tão cruéis como qualquer dragão. Podem não estar aqui pra lutar nossas batalhas, mas sussurram em meu coração. Lembrando que somos nós, que cada um de nós é que tem o poder sobre o mundo que criamos.
...E finalmente a pergunta... O mistério de quem será a história... De quem atravessa a cortina... Quem escolhe os nossos passos de dança... Quem nos deixa loucos. Chicoteadas para os derrotados e coroa para os vitoriosos, aqueles que sobreviverem ao impossível. Quem é... Quem faz todas essas coisas? Quem honra aqueles que amamos pela vida que vivemos? Quem envia monstros para nos matar? E, ao mesmo tempo, canções que nunca vão morrer. Quem nos ensina o que é real e como rir das mentiras? Quem decide quem vai viver ou morrer defendendo? Quem nos acorrenta? E quem tem a chave para a nossa liberdade?
É VOCÊ. Você tem todas as armas que precisa. 
Lute agora!" 
Sucker Punch - 2011


http://www.youtube.com/watch?v=56s50H0UWas

sábado, 2 de julho de 2011

Da perda de cada um

Hoje, ouvindo o noticiário, sobre o falecimento do ex-presidente brasileiro, Itamar Franco, resolvi falar sobre as dores das perdas de pessoas de nossas vidas.

Sempre fui uma menina muito tímida na minha infância e nunca soube expressar meus sentimentos de forma carinhosa. Tinha dez anos de idade e lembro-me, como se fosse hoje a primeira vez que meu padrasto ameaçou sair de casa. A cena é nítida: ele na garagem, com as malas prontas, ao lado de seus pés, minha mãe observando tudo de perto, com os olhos marejados. Foi então que eu agarrei as pernas dele, como se nunca mais pudesse soltar e, chorando, pedi, somente uma vez, com todo amor que uma criança daquela idade poderia ter, para que ele não fosse embora! Num pranto maior que o meu, ele me pegou no colo, me abraçou e num abraço coletivo, entre eu, minha mãe e meu padrasto, selamos a união que nos proporcionou ficarmos todos juntos (eu, minha mãe, meu padrasto, meu irmão e minha prima) por mais oito anos. Depois disso veio a segunda despedida de meu padrasto, a saída definitiva de casa. Assim, após quatro anos de convívio, separados, a última vez que o vi foi quando ele veio a falecer.

Com os meus trinta e dois anos, ainda não aprendi direito a lidar com a dor de uma perda. Geralmente, eu tento me defender do sofrimento e acabo causando dor às pessoas ao meu redor. Já perdi um grande amor. A morte já levou algumas pessoas a quem muito amei. E sempre foi muito difícil passar por isso.

Cada pessoa tem seu jeito de lidar com suas perdas. Uns tornam-se reclusos em suas próprias casas e deixam com que a tristeza tome conta de sua vida, outros preferem espairecer saindo, viajando, bebendo com os amigos, conhecendo outras pessoas. Alguns agarram oportunidades ímpares, depois de ter perdido alguém. Outras pessoas preferem a incomunicabilidade e o distanciamento. Tem gente que prefere sentir-se querido ao lado da família. Há ainda os que passam a se dedicar mais aos filhos, aos afazeres domésticos, ao trabalho, à religião. E pessoas que caem sobre uma cama, por dias e dias, até conseguirem levantar-se, abrir as janelas, deixar o sol entrar e resolvem encarar a vida real.

O fato é que dor é dor. E a dor de uma perda é incomparável para qualquer um, pois cada história tem sua intensidade, é carregada de lembranças, sorrisos, gestos de carinho... Cada perda é insubstituível. Mas o amanhã é a esperança de um dia melhor, de novos momentos felizes, sem, necessariamente, que se perca todo o amor que tivemos por uma vida perdida.




Por Helen de Sousa
02 de julho de 2011

sábado, 11 de junho de 2011

Feliz Dia dos Namorados


Hoje estava fazendo uma reflexão sobre a beleza do amor, vendo casais empolgados com a chegada do Dia dos Namorados, apaixonados, com um brilho raro no olhar, que só casais enamorados sabem do que se trata. Não é como comprar seu primeiro carro, não é como passar no vestibular, nem como o seu primeiro salário. Primeiro porque não se trata apenas de auto realização, mas de sentimentos mais profundos, que envolvem uma alma em dois corpos, digamos assim. Você se pega em atitudes inesperadas: segurando um celular o dia inteiro, e completamente desnorteado se a bateria descarregou e você esqueceu o carregador em casa; Você canta alto dentro (e fora) do carro; Sorri para todos nas ruas; Tem vontade de pular de felicidade; Não vê a hora de encontra-lo(a); Fica “on line” esperando a luzinha verde se acender para começar um bate-papo daqueles... Mais do que inesquecível! O amor é refrescante, reconfortante.

Segundo, que o mais gostoso do amor é que ele não precisa de presente caro. Na verdade, ele nem precisa disso pra ser demonstrado, porque ele permanece ali, nos pequenos detalhes, num olhar de admiração, num sorriso envergonhado, nas mãos se entrelaçando carinhosamente, nos pés que se esquentam embaixo do cobertor, no afago dos cabelos, no secar das lágrimas, nas horas em que você caiu de cama e ele(a) estava ao seu lado, te dando carinho, na cumplicidade do dia-dia...

O amor é uma das formas mais puras do homem sentir-se vivo. Ele rejuvenesce, torna colorida uma vida inteira. O amor faz dos dias frios mais quentes e dos dias quentes o paraíso. “Sem amor eu nada seria...”.

Por isso, antecipadamente, aos casais, um ótimo Dia dos Namorados.

Por Helen de Sousa



quarta-feira, 8 de junho de 2011

Dedicatória aos solteiros neste Dia dos Namorados

Mais apaixonadamente do que o que te falei, não haveria de ser,
Pois não há.
Deixaste o lençol azul sob a cama que lá esquecida está, desfeita.
De toda a pena que não sentiu em partir, deixando escorrer minha vida, nossa vida, pelos caminhos tortuosos e sem rumo definido.
A preguiça em amar toma conta do corpo, da minha alma e canso de querer buscar.
Mas nada disso importa agora.
Se os seios eram vistosos,
Se a casa era perfumada,
Se o gosto do pão lhe parecia saboroso.
Soube sair-se, querendo ser visto e lembrado,
Por cada ausência dos detalhes fincados nos cantos por onde passavam.
O abraço ficou perdido.
A fome da paixão não tinha guarita.
Pegou um braço e finas cordas,
Sumiu no Planalto,
Montado no sonho de um só homem,
Que sabe ser só ele e ele só.
Desligou –se do mundo e da chance de mudar,
Mais fácil foi esquecer.
Peca sozinho.
Jura amor eterno a si mesmo.
Tem como guia um anel e um colar,
Mas não acredita em nada daquilo quando para para pensar.
A vida é seu guia.
E não tem amanhã, só o depois de amanhã.
Porque suas palavras não se medem, nem confiam.
Ouvem, calam-se, fecham os olhos.
E seguem...

Por Helen de Sousa


terça-feira, 24 de maio de 2011

A Nossa Vitória de Cada Dia

"Olhe para todos ao seu redor e veja o que temos feito de nós e a isso considerado vitória nossa de cada dia. Não temos amado, acima de todas as coisas. Não temos aceito o que não se entende porque não queremos passar por tolos. Temos amontoado coisas e seguranças por não nos termos um ao outro. Não temos nenhuma alegria que não tenha sido catalogada. Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas. Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo. Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda. Temos procurado nos salvar mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes. Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer a sua contextura de ódio, de amor, de ciúme e de tantos outros contraditórios. Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar a nossa vida possível. Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa. Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos no que realmente importa. Falar no que realmente importa é considerado uma gaffe. 
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses. Não temos sido puros e ingénuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer «pelo menos não fui tolo» e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz. Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos. Temos chamado de fraqueza a nossa candura. Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo. E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia." 

Clarice Lispector, in 'Uma Aprendizagem ou o Livro dos Prazeres'

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Caminhos da Educação Brasileira


Após ler, ouvir e ver várias discussões, passei a semana inteira pensando no que ia escrever sobre o assunto que repercutiu no Brasil inteiro, nos últimos dias: a educação brasileira.

Sobre a polêmica envolvendo o MEC e a distribuição de livros de ensinam que a ausência de concordância, na Língua Portuguesa, é correta, tenho algumas ressalvas as fazer: Primeiro, eu concordo que a língua falada é a que deveria ser usualmente a língua oficial num país. No entanto, porque não ensinar as pessoas a usarem de forma correta a língua materna? Qual a dificuldade de ensinar e aplicar o que é correto?
A dificuldade é que, como muita coisa que acontece no Brasil, é mais fácil desaprender o correto, do que se gastar o necessário com a educação de um povo. É mais conveniente para o governo emburrecer, e muito mais cômodo para uma população que está acostumada a ter preguiça de fazer o que é certo, a dar o melhor de si, a percorrer os caminhos mais difíceis para que o resultado obtido seja o mais positivo possível... É mais cômodo para o povo espelhar-se num presidente, quase analfabeto, idolatrando-o e dizendo sim às barbáries que aconteceram, e ainda acontecem neste país (porque a idolatria deixa o povo cego), do que vencer com seus próprios esforços, educar-se, tornar-se civilizado. É mais fácil usar uma “bengala” de salvação do que acordar cedo, trabalhar e ainda assim ter disposição para aprender coisas novas, para aperfeiçoar-se.

Eu não tenho não tenho preferência partidária, mas sou uma defensora ferrenha da justiça, da ética e da socialização do indivíduo, por meio da civilidade.

Eu, como escritora e formada em Letras, achei uma afronta do governo, deixar que os livros com conteúdo duvidoso permanecessem nas salas de aulas.
Quer dizer, o que devo fazer com meu diploma e com os meus mais de quinze anos trabalhando com a Língua Portuguesa?
Eu concordo que nada é imutável, mas por que essa obsessão pela regressão? Por que as pessoas se convencem tão fácil do que não é certo, abaixando suas cabeças, dizendo sim e “respeitando” a decisão de quem deveria estar preparado para governar um país, da melhor forma, em todos os sentidos, e, visivelmente, não está!

Todos os dias eu acordo na esperança que o Brasil honre sua bandeira, com o progresso da população brasileira. Mas está cada dia mais difícil acreditar nesse ideal.

Por isso, caros leitores, principalmente os nordestinos – que são tidos como a população da região brasileira que usa mais corretamente a Língua Portuguesa - não deixem que o modernismo e idéias confusas afetem o seu aprendizado, sobre vida, sobre ética, sobre moral. Aprimore-se, obtenha conhecimento, porque esse é o caminho mais sadio para a liberdade, para independência do ser humano. Essa é a verdadeira dignidade!

Lutemos por um país melhor, mais civilizado, com cultura e educação para todos!

Vamos ficar com esta brilhante frase de Condillac (filósofo francês): "Vejo a gramática como a primeira parte da arte de pensar".


Por Helen de Sousa

Links: 
http://cbn.globoradio.globo.com/comentaristas/arnaldo-jabor/2011/05/17/MINISTERIO-DA-EDUCACAO-DEVERIA-VIRAR-O-DA-BURRICE-INSTITUIDA.htm



http://www.jb.com.br/sociedade-aberta/noticias/2011/05/16/livros-pra-inguinorantes-por-carlos-eduardo-novaes/

É importante ver também o respeitável vídeo da professora Amanda Gurgel, do Rio Grande do Norte

sábado, 21 de maio de 2011

Ser Chique Sempre - por Glória Kalil

Nunca o termo "chique" foi tão usado para qualificar pessoas como nos dias de hoje.
A verdade é que ninguém é chique por decreto. E algumas boas coisas da vida, infelizmente, não estão à venda. Elegância é uma delas.
Assim, para ser chique é preciso muito mais que um guarda-roupa ou closet recheado de grifes famosas e importadas. Muito mais que um belo carro Italiano.
O que faz uma pessoa chique, não é o que essa pessoa tem, mas a forma como ela se comporta perante a vida.
Chique mesmo é quem fala baixo.
Quem não procura chamar atenção com suas risadas muito altas, nem por seus imensos decotes e nem precisa contar vantagens, mesmo quando estas são verdadeiras.
Chique é atrair, mesmo sem querer, todos os olhares, porque se tem brilho próprio.
Chique mesmo é ser discreto, não fazer perguntas ou insinuações inoportunas, nem procurar saber o que não é da sua conta.
Chique mesmo é parar na faixa de pedestre.
É evitar se deixar levar pela mania nacional de jogar lixo na rua.
Chique mesmo é dar bom dia ao porteiro do seu prédio e às pessoas que estão no elevador.
É lembrar do aniversário dos amigos.
Chique mesmo é não se exceder jamais! Nem na bebida, nem na comida, nem na maneira de se vestir.
Chique mesmo é olhar nos olhos do seu interlocutor.
É "desligar o radar" quando estiverem sentados à mesa do restaurante, e prestar verdadeira atenção à sua companhia.
Chique mesmo é honrar a sua palavra,
ser grato a quem o ajuda, correto com quem você se relaciona e honesto nos seus negócios.
Chique mesmo é não fazer a menor questão de aparecer, ainda que você seja o homenageado da noite!
Mas para ser chique, chique mesmo, você tem, antes de tudo, de se lembrar sempre de o quão breve é a vida e de que, ao final e ao cabo, vamos todos retornar ao mesmo lugar, na mesma forma de energia.
Portanto, não gaste sua energia com o que não tem valor, não desperdice as pessoas interessantes com quem se encontrar e não aceite, em hipótese alguma, fazer qualquer coisa que não te faça bem.
Lembre-se: o diabo parece chique, mas o inferno não tem qualquer glamour!
Porque, no final das contas, chique mesmo é ser feliz!
Investir em conhecimento pode nos tornar sábios... mas amor e fé nos tornam humanos!

(Gloria Kalil)


terça-feira, 17 de maio de 2011

Às vésperas

Hoje, às vésperas do meu aniversário de 32 anos, queria escrever um monte de coisas, muitos pensamentos, até por ter tido um dia atribulado no trabalho, com muitas inquietações, muitas dúvidas, muito falatório. Mas vou de Clarice, porque inspira, acalma, traz a redenção...

"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!
Não me dêem fórmulas certas, por que eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre."
Clarice Lispector

Por Helen de Sousa

sábado, 14 de maio de 2011

Gostinho de festa no ar

O frio chegando, nesses dias maio, na capital federal, me faz lembrar que estamos a um mês do Dia dos Namorados. Já consigo ver as lojas enfeitadas para os casais, o burburinho oculto dos desejos mais diversos na mente humana e a sensação de expectativa no ar.

Ouvindo uma amiga ao telefone, me falava sobre como o temperamento dela é difícil, que já estava brigada com o “suposto” namorado, ao lado de quem poderia estar pelos próximos dias. 
A verdade é que as mulheres vivem a reclamar que “homens no mercado estão em falta”, mas quando elas os têm nas mãos não sabem como agir. E nisso, dá-lhe a afogar e raptar o pobre Santo Antônio. 
Já os homens querem, mas não aceitam para si, mulheres ousadas, modernas, inteligentes... Num mundo que vive em constante transformação. 
É muito engraçado porque tudo seria tão simples se as pessoas não complicassem tanto...

Bom, mas voltando a Santo Antônio, vamos ao que realmente interessa: as festas juninas! 
Tem celebração mais gostosa no ano, e que combine tão perfeitamente com casais, como esta? 
Parece que Santo Antônio escolheu a época ideal para que as pessoas se apaixonem, com esse friozinho inspirador... Principalmente para aqueles já estão apaixonados, mais um motivo para que passem os dias agarradinhos, com a "desculpa” de se esquentarem. 
É uma delícia! As comidas, a elegância das pessoas, o clima de céu estrelado nas ruas, parece que tudo conspira para que o povo se una, nessa época do ano. 
E eu, simplesmente, adoro a estação outono/inverno, no Brasil.

As moçoilas solteiras, já pediram às avós, tias e cunhadas, as simpatias do Santo Casamenteiro? Será que estão preparadas para conhecer os seus príncipes como a Sra. Middleton? 
E os rapazes, estariam preparados para usar de todo o seu charme e galanteio para conquistar quem poderá ser sua alma gêmea?

Faço votos que nos preparemos para as boas vindas que nos trazem os ares das festas juninas.

Até o próximo voo.


Por Helen de Sousa

segunda-feira, 9 de maio de 2011

As Tais Mudanças da Língua Portuguesa - Despedida do Trema

Hoje estava lendo umas matérias, uns artigos superinteressantes sobre a Língua Portuguesa e suas novas regras, então, decidi compartilhar com nossos internautas (pessoas viajadas e modernas) um texto bem bacana sobre as novas regras gramaticais, especificamente sobre o extinto trema. É curto e bem engraçadinho. Espero que gostem da minha contribuição para a nossa importante missão (de todos nós brasileiros) de entendermos a nossa língua materna. Porque falar e comunicar bem é uma questão inspiradora... Vamos viajar...


“Despedida do TREMA

Estou indo embora. Não há mais lugar para mim. Eu sou o trema.Você pode nunca ter reparado em mim, mas eu estava sempre ali, na Anhangüera, nos aqüiféros, nas lingüiças e seus trocadilhos por mais de quatrocentos e cinqüentas anos.
Mas os tempos mudaram. Inventaram uma tal de reforma ortográfica e eu simplesmente tô fora. Fui expulso pra sempre do dicionário. Seus ingratos! Isso é uma delinqüência de lingüistas grandiloqüentes!...
O resto dos pontos e o alfabeto não me deram o menor apoio... A letra U se disse aliviada porque vou finalmente sair de cima dela. Os dois pontos disseram que eu sou um preguiçoso que trabalha deitado enquanto ele fica em pé.
Até o cedilha foi a favor da minha expulsão, aquele C cagão que fica se passando por S e nunca tem coragem de iniciar uma palavra. E também tem aquele obeso do O e o anoréxico do I. Desesperado, tentei chamar o ponto final pra trabalharmos juntos, fazendo um bico de reticências, mas ele negou, sempre encerrando logo todas as discussões. Será que se deixar um topete moicano posso me passar por aspas?... A verdade é que estou fora de moda. Quem está na moda são os estrangeiros, é o K, o W "Kkk" pra cá, "www" pra lá.
Até o jogo da velha, que ninguém nunca ligou, virou celebridade nesse tal de Twitter, que aliás, deveria se chamar TÜITER. Chega de argüição, mas estejam certos, seus moderninhos: haverá conseqüências! Chega de piadinhas dizendo que estou "tremendo" de medo. Tudo bem, vou-me embora da língua portuguesa. Foi bom enquanto durou. Vou para o alemão, lá eles adoram os tremas. E um dia vocês sentirão saudades. E não vão agüentar!...
Nos vemos nos livros antigos. saio da língua para entrar na história.”.
Autor desconhecido.

Por Helen de Sousa

http://altooestevip.com/ver_coluna/303/As_Tais_Mudan%C3%A7as_da_L%C3%ADngua_Portuguesa_-_Despedida_do_Trema.html

Link: http://www.youtube.com/watch?v=-6Qdi4p3rXY


AMOR: O CONTO DE FADAS REAL

Outro dia, enquanto cortava os cabelos, ouvia vários comentários sobre o casamento real, que aconteceu no final do mês de abril, deste ano, entre o filho da Princesa Diana e do Príncipe Charles, Príncipe William, e a plebeia Kate Middleton. Diante de tudo aquilo, fiquei pensando por que tamanha repercussão sobre um casamento, apesar de que o planeta inteiro o acompanharia, e esse seria um evento cujos mais preguiçosos artistas sairiam da cama mais cedo para conferir o matrimônio do ano, da, então, Princesa Catherine William de Gale e seu Príncipe. Eu, como mulher, e exímia romântica, também não poderia deixar de falar sobre o acontecimento, mesmo com toda a estafa de notícias que o casamento nos proporcionou.

Então a conclusão é que todo aquele alvoroço e curiosidade não passavam de esperança. O fato é que as pessoas ainda alimentam o sonho do príncipe e princesa encantados das histórias que ouviam na infância. Mulheres querem seus príncipes, homens, suas princesas... As mulheres sonham com casamentos divinos, o dia em que elas se tornarão o conto de fadas de que suas mães falavam e seus homens tornem-se cavalheiros impecáveis, que se preocupem em perguntar à companheira se ela está feliz. Homens sonham com mulheres delicadas, de estirpe, porém simples, bem educadas - nobres plebeias. Pessoas que nem precisam ser tão belas, mas que sejam alegres, dispostas, joviais, como passou a imagem do mais novo casal real.

Assim, o mundo se moderniza, as pessoas mudam, as relações se diversificam, até discutem-se leis que diminuam, e têm o intuito de abolir a discriminação homoafetiva, mas a questão continua a mesma: a eterna busca pelo amor, pelo que ele tem de mais real, sentimento que para sempre fará parte do cotidiano, da vida, dos homens. E enquanto majestades trocam alianças, a história se renova, fica a essência do ser humano, o desejo de viver plenamente o amor.

Por Helen de Sousa


http://altooestevip.com/ver_coluna/300/AMOR:_O_CONTO_DE_FADAS_REAL.html
LINK: http://www.youtube.com/watch?v=9V5lOiQfPAo

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Bullying: uma doença social ou modismo?

Há dias venho lendo, observando e discutindo as mais variadas manifestações sobre o bullying, e sempre questiono se podemos classificá-lo como modismo ou como mais uma enfermidade social, disfarçada sob a ótica da desculpa de uma sociedade doente, que tenta, erroneamente, desviar a atenção dos problemas que a cercam, culpando um “indivíduo abstrato”, subtraindo-se os reais protagonistas desse desarranjo mundial: nós mesmos.

O bullying é um tipo de agressão (física ou psicológica), estudada e caracterizada, particularmente, nas escolas, mas não deixa de ser um problema que envolve a sociedade inteira, fruto de uma deficiência da educação de pais, educadores/professores e da comunidade em geral. Pais omissos, ausentes, despreparados, criam filhos com déficit de auto-estima, incapazes de enfrentar o mundo. Pais negligentes contribuem para a formação de personalidades austeras, sem regras, desumanas: os bullies.

Em artigo postado por um de nossos colunistas, sobre o bullying, foi enfatizado o comportamento dos alunos nas escolas. No entanto, chego à conclusão que para acabar com esse tipo de atitude não há que se pensar apenas na responsabilidade dos pais dos alunos que cometem o abuso, mas também dos pais daqueles que sofrem com as consequências do bullying, pois os filhos destes devem ser orientados a saber defender-se, estando aptos a, pelo menos, tentar, desviar-se das situações constrangedoras que podem gerar traumas por uma vida inteira.

Ressalte-se que a sociedade é omissa, quando cria tipos de discriminação e preconceitos, e deixa passar despercebidas piadas ou brincadeiras impróprias sobre homossexuais, negros, e outros tipos de manifestações que intimidam o indivíduo a viver integralmente em sociedade. São essas pequenas atitudes, iniciadas geralmente nos lares, que resultam em um problema social grave que atinge a população como um todo, não só nas salas de aulas, mas nas repartições de trabalho, nas ruas, nas festas de família, em cada lugar que nos deparamos com a intolerância das pessoas, para com as inúmeras diferenças sociais.
A omissão da sociedade não pode estar sempre buscando subterfúgios modistas que justifiquem a sua falta de responsabilidade para uma mudança de comportamento global. Mudança, essa, que ocasionaria a diminuição da violência cotidiana a que estão sujeitos os nossos filhos.

Vale lembrar a todos (pais, irmãos, primos, tios e amigos) que a ética e a moral podem ser passadas de geração em geração, e nunca é demais o ensinamento dos bons costumes às nossas crianças para que se tornem adultos éticos.


Por Helen de Sousa


segunda-feira, 18 de abril de 2011

Voo Panorâmico

Primeiro texto criado para a minha coluna: "Voo Panorâmico", do site: http://www.altooestevip.com/colunistas.html.

Voo Panorâmico


Vou começar com um certo saudosismo ou, diria eu, nostalgia, literalmente, no ar...
Viajando pela primeira vez à “Terra da Garoa”, deparei-me com a imensidão de São Paulo, vendo tudo sobre as asas do latão, acompanhadas das dançantes nuvens que nos seguiam por todo o trajeto... Vislumbrei os campos donde outrora foram palco do importante comércio brasileiro do café. Fiquei estupefata com a grandeza daquele lugar, com seus prédios, avenidas, trânsito, parques... Apaixonei-me!

Lembrei-me, pois, do gostinho bom que tem o nordeste, de sua gente sempre receptiva, da comida mais gostosa deste Brasil, das águas quentes do mar do nordeste. Ah, como senti saudade daquele lugar... Da cidade de Aracaju e seu Pré-Cajú. Da linda e tradicional Petrolina, Juazeiro e o do maravilhoso São Francisco. Do artesanato do Ceará. Da ventania nas praias da Paraíba. Do reggae de São Luís e da divindade das dunas maranhenses. Da grandiosidade que se tornou o Piauí e do seu fabuloso dindin de seriguela. Das águas mansas e límpidas de Alagoas. Do maracatu e alegria de Pernambuco. E por falar em alegria, como esquecer-se da magia da Bahia? Impossível! Aquela gente, aquele sol...

Bom, mas há muitos anos não visito o meu adorado nordeste, em especial, o Rio Grande do Norte, com a sua Praia da Pipa e seus encantadores golfinhos. Lugar em que tive o prazer de conhecer o Morro do Careca, enfrentar aquela extasiante subida, para a recompensa de poder desfrutar de uma das mais belas vistas brasileira... Saber do maior cajueiro no mundo. Do maior produtor de sal marinho do país. Parnamirim, saudoso Parnamirim... E Caicó, terra das poesias do meu idolatrado Chico César. Tanta beleza, tanta vida... Inúmeras qualidades por não poderem ser todas enumeradas aqui, o inesquecível Rio Grande do Norte.

E num vôo panorâmico pelo país, voltei à capital do Brasil, onde se trabalham e ganham dinheiro, muitas vezes pouco, mas o que não falta, nessa gente, é a vontade de retornar ao nordeste para matar todas as saudades daquela região, abençoada terra Fulni-ô, Pataxó, Potiguara, Pankararu, Banguê-Açu...

Meus saudosos cumprimentos aos nordestinos de todo, e em todo, o país!

Por Helen de Sousa_18 de abril de 2011

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

2011 - Ano novo, vida nova!!!

Para expurgar toda e qualquer energia ruim de 2011...

Quase Sem Querer

Legião Urbana

Tenho andado distraído,
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso,
Só que agora é diferente:
Estou tão tranqüilo e tão contente.
Quantas chances desperdicei,
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém?!...
Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia.
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira,
Mas não sou mais
Tão criança a ponto de saber tudo.
Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu vejo o mesmo que você.
Tão correto e tão bonito;
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos!
Sei que, às vezes, uso
Palavras repetidas,
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?
Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto.
Já não me preocupo se eu não sei por que.
Às vezes, o que eu vejo, quase ninguém vê
E eu sei que você sabe, quase sem querer
Que eu quero o mesmo que você.

http://www.youtube.com/watch?v=O8EWJZ-DkfM