quinta-feira, 2 de abril de 2009

Príncipe e Papai-Noel

“Amor meu grande amor, não chegue na hora marcada... Que tudo que ofereço é meu calor...”. Quem nunca cantou essa música sussurrando baixinho para si mesmo? É engraçado, você passa a vida inteira procurando pelo par perfeito e a cada relação vai se dando conta que isso não existe. Então, parece que a cada dia que se cresce, os Folclores, Papai-Noel, Coelhinho-da-Páscoa, Príncipe Encantado, tudo isso não passou de balela para você passar tranqüilo pelos dias mais importantes de sua vida. E acreditar que todos eles não existem não é de todo ruim, pois você não precisa mais ter medo do escuro e se esconder da Cuca, esperar o ano inteiro pra abraçar e presentear quem você ama, pode comer chocolate todos os dias e não precisa beijar tantos sapos assim para encontrar a pessoa que ao seu lado lhe faz sentir melhor nos dias frios, nos dias de alegria, nas viagens, no trânsito infernal, no almoço chato de família e numa extraordinária noite de verão... Como dizem por aí, tudo tem o seu lado bom, é só olharmos para uma flor de lótus ou uma rosa. Entretanto, nada impede que se acredite, como li certa vez, que as almas gêmeas existem. Ah, isso sim, pode acontecer. Porém, alma gêmea é completude, em tudo, é a sua fronte no espelho com a imagem de outro alguém. Particularmente, acredito que alma gêmea pode ser um amigo, um irmão, o marido que a vida inteira estará com você, até ficarem velhinhos... Assim, creio que almas gêmeas não requerem igualdade de personalidades, ao contrário, você precisa de adição para o aprimoramento do ser e se vocês já são tão idênticos, o que vai ser acrescentado? Não que a identidade perfeita de duas pessoas não possa existir para que haja o crescimento, mas é diferente... E as diferenças fazem crescer, porque você pode perceber outros lados da vida, outras perspectivas, aprender a conhecer e aceitar o outro mais facilmente, do que conviver apenas com seus ideais, “sua tribo”. Eu acredito sobre tudo nas diferenças. E isso pode parecer conversa de assistencialismo social ou antropologia, mas para todos os efeitos, é impossível conviver num mundo sem conflito, sem que seja compreendido que a aceitação ao outro é muito mais válida do que qualquer inserção em todas as “tribos” que se pode escolher. E assim, fica o recado, acreditem mais no AMOR, deixem o convencionalismo para as fábulas que permanecem nas lembranças de nossas infâncias felizes. Deixemos no imaginário, o mundo fantástico de encantamento da Branca de Neve, da Cinderela e dos sapos que viraram príncipes. Fiquemos apenas com a moral daquilo que podemos aplicar no dia-a-dia, na VIDA QUE É REAL!


Por Helen de Sousa_02abr09